Pesquisadores da Universidade de Calgary desvendaram o mistério por trás de uma intrigante mancha esbranquiçada e cinza que surge ocasionalmente ao lado da aurora boreal. A descoberta foi publicada na revista Nature Communications em 30 de dezembro.
De acordo com a Dra. Emma Spanswick, principal autora do estudo e professora associada de Física e Astronomia, essa "emissão contínua estruturada" foi observada como uma espécie de mancha conectada à aurora.
"Você via a aurora verde dinâmica, um fundo vermelho, e de repente uma mancha cinza ou branca estruturada aparecia", explicou Spanswick.
Embora mencionada em pesquisas anteriores, a origem dessa mancha nunca havia sido esclarecida. O novo estudo concluiu que a mancha é "certamente uma fonte de calor", indicando que a aurora boreal é mais complexa do que se imaginava.
Avanços Tecnológicos e STEVE
A pesquisa foi viabilizada por avanços em sensores de câmeras, que permitem capturar imagens em cores reais do céu noturno. Esse progresso beneficiou tanto cientistas quanto fotógrafos amadores.
Além disso, o fenômeno chamou a atenção devido a semelhanças com STEVE (Strong Thermal Emission Velocity Enhancement), uma faixa brilhante e roxa descoberta recentemente. Diferentemente de STEVE, a nova emissão está integrada à aurora, tornando-a mais difícil de identificar.
Participação de Estudantes
O projeto contou com a colaboração de estudantes, incluindo Josh Houghton, que, como estagiário, realizou grande parte das análises. Sua contribuição garantiu sua participação como coautor no artigo e consolidou sua carreira acadêmica.
Instrumentos de Pesquisa
A descoberta foi possível graças ao Transition Region Explorer (TREx), um projeto financiado por entidades canadenses e operado pela Space Environment Canada, com suporte da Agência Espacial Canadense.
Essa pesquisa não apenas esclarece mais um mistério celeste, mas também reforça o papel da tecnologia e da colaboração científica na exploração do universo.
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